Entrevista com André Rubens

CEO na In8 Holding

Entrevista realizada por Diego Ferreira

A importância de incentivar um ambiente de empreendedorismo em Belo Horizonte

 

Incentivar um ambiente de empreendedorismo em Belo Horizonte é essencial para impulsionar a inovação e o crescimento econômico na região. Como um polo dinâmico e diversificado, a cidade possui um ecossistema favorável para o surgimento de startups e novas empresas, que geram empregos, atraem investimentos e promovem soluções criativas para desafios locais e globais. Fomentar o empreendedorismo não só fortalece a economia local, mas também posiciona Belo Horizonte como uma referência em desenvolvimento sustentável e tecnológico no Brasil!


Uma iniciativa que incentiva esse ambiente na capital mineira é a in8 Holding, um ecossistema de inovação tecnológica. Eles oferecem soluções diversas e complementares, impulsionando o desenvolvimento do empreendedorismo. Realizei um bate-papo com o André Rubens, CEO da in8 Holding que contou tudo que precisa saber sobre o impacto da iniciativa no mercado. Confira!


 

Como começou seu interesse pelo ambiente de empreendedorismo em Belo Horizonte? Conte mais sobre sua trajetória profissional até chegar na in8 Holding


Na verdade eu acho que já nasci interessado em empreendedorismo. Minha mãe relata que quando eu tinha 5 anos, eu sempre respondia “EMPRESÁRIO” quando as pessoas me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse. Meu primeiro empreendimento foi vender potes de maionese de vidro pintados com tinta guache, na escola em que minha mãe dava aula. Eu era uma criança fofa e as professoras me incentivaram comprando meu produto. Depois disso, eu tive várias iniciativas, desde vender chup-chup/sacolé na rua, até fazer manutenção de computadores e outros serviços de informática, sempre por iniciativa própria. Foi quando eu me interessei pela TI, tecnologia da informação.


Me formei como técnico em desenvolvimento de sistema no COTEMIG e tive minhas duas únicas experiências como CLT, e não gostei nem um pouco. Sofri muito com o excesso de limites da carreira, mas o pior foram as cenas de assédio moral que eram consideradas o “certo a ser feito” pelos líderes corporativos no início dos anos 2000. Em 2002 me tornei sócio minoritário em uma Lan house, foi quando tive minhas primeiras experiências como empresário e em 2005 abri a Blue Box Informática, com ZERO capital investido. A Blue Box que começou consertando computadores, evoluiu para o serviço de desenvolvimento de sistemas, inserimos nosso primeiro SaaS e tudo isso se tornou mais tarde a in8 Holding, com 5 empresas abertas em seu ecossistema.



 

Atualmente você trabalha como CEO na in8 Holding! Aproveite e compartilhe com o nosso público mais detalhes sobre o seu trabalho e mais informações com foco na atuação da in8 Holding no mercado


 

Hoje estou concentrado na construção e melhoria de três pilares na IN8. São eles: Controladoria: Um pouco diferente de uma controladoria tradicional, essa é focada em performance. Como nosso maior investimento está na mão de obra, essa controladoria analisa de forma factual, se nossos investimentos em esforços estão fazendo sentido, ou seja, se as pessoas estão focadas em construir recursos que vão melhorar nosso faturamento e/ou reduzir nossos custos. Para isso funcionar é necessário muita atenção e discernimento dos profissionais, além de vários dashboards com informações em tempo real para orientar o foco do trabalho. A controladoria é liderada por Eduardo Silva, sócio da IN8 Holding.


Marketing: Há oito meses eu comecei a estruturar em conjunto com a Juliana Moreira, profissional com mais de 15 anos de experiência com Marketing, uma estratégia centralizada de comunicação e branding para trabalhar e aproveitar de forma sistêmica as oportunidades estratégicas que as empresas do ecossistema da holding possuem.


Comercial: Há cinco meses iniciei com o Victor Silva uma reestruturação de processos e discurso comercial de venda dos produtos da IN8, a lógica é centralizar o núcleo de venda, separando os vendedores especializados nos produtos, mas mantendo o núcleo junto para que exista troca de oportunidades durante os trabalhos executados.


Além desses pilares eu sempre acompanho o trabalho dos CEOs e alguns líderes das empresas, caso a caso, praticando a Mentoria com Associação Livre de Ideias, metodologia que eu desenvolvi com meus estudos sobre Gestão de Pessoas, Governança e principalmente Psicanálise. A lógica é simples, uma escuta das questões principais apresentadas de forma livre pelos líderes e, a partir do que eles me apresentam, eu faço questionamentos e sugestões para que eles possam encontrar saídas possíveis a partir da visão deles e não da minha.



Compartilhe um pouco da jornada feita pela in8 Holding! Quais você considera os principais desafios que enfrentaram em um mercado tão competitivo?



A jornada da IN8 sempre foi focada em levantar o próprio capital a partir do trabalho, eu nunca coloquei nem mesmo um real na IN8, desde o primeiro mês eu trabalhei com esforço e com o capital gerado por ele. Tenho bastante orgulho dessa jornada e desejo ensinar outros empreendedores a fazer isso também. Hoje meu principal desafio é o mesmo de sempre, fazer com que as pessoas que trabalham comigo consigam focar no negócio e serem produtivas. O mercado é competitivo e vai ficar cada vez mais competitivo, isso quer dizer que temos que melhorar constantemente como fazemos as coisas para entregar mais com menos. Isso não é novo, ao mesmo tempo que sempre traz uma necessidade de repensar como fazer para fazer melhor.



Com certeza a in8 Holding tem muitas vitórias em sua caminhada, compartilhe algumas das principais vitórias e algumas também alcançadas em 2024!



A primeira vitória foi inesquecível. Em 2005 quando eu abri a empresa eu tinha 0 capital, o que eu fiz foi pegar um cartão de crédito universitário com 800 reais de crédito e usá-lo para fazer cartões de visita e publicidade em jornais. No primeiro mês eu consegui capital suficiente para pagar o pró-labore do meu sócio da época, a fatura do cartão de crédito e começar uma geração de caixa. Me senti muito incrível na época e lembro disso constantemente, mesmo com um faturamento que passa dos 15 milhões hoje.


Tive outras grandes vitórias também, o primeiro contrato acima de 10 mil reais, o primeiro SaaS gerando renda recorrente, o primeiro negócio formado por outro empreendedor e muitas outras! Esse ano tive duas grandes vitórias, a primeira é que estou com minha empresa muito mais controlada e madura e segunda é que abri uma empresa, com o CEO e meu sócio Marcos Jamir, que tem ofertas de trabalho muito bem pago em países PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portugues). Essa Startup aloca desenvolvedores de sistemas da África em

empresas do Brasil. O Marcos é uma grande aposta minha, junto com o CEO do DOT8 Lucas Souza para entrar na Forbes Under 30.

 



Vimos que um dos projetos que estão desenvolvendo é o podcast Super Jovem Empreendedorismo! Compartilhe com a gente a experiência de construir um podcast e entrevistar os convidados que abordam uma variedade de temas.


O Super Jovem é um canal com o propósito de formar empreendedores, como eu já disse anteriormente, tenho desejo de ensinar pessoas a empreender sem capital, assim como eu fiz. Empreender é um tema que me agrada demais e eu conheço bem, meu primeiro CNPJ foi há 22 anos atrás. O empreendedor precisa desenvolver uma série de habilidades únicas e o canal oferece um caminho possível, com pequenas pílulas que ajudam no desenvolvimento e na prática do empreendedorismo.Produzir o conteúdo do Super Jovem me traz enorme satisfação. Ver pessoas aprendendo comigo é uma realização pessoal, e os podcasts são uma oportunidade valiosa para aprender com a experiência de outros empreendedores. Sinto que estou construindo um legado através desse processo.


 


Aproveite para deixar um recado final para o público da Revista BH in Press que gosta de acompanhar o mercado da economia criativa em Belo Horizonte. Muito obrigado por participar desse bate papo.


 

Meu recado final é muito simples, se você gostou dessa história, se inscreva no Super Jovem

(@SuperJovem8) que a gente vê por lá.



Conheça mais sobre o trabalho do Colunista Diego Ferreira