Entrevista com Juliane Maciel
Executiva na Loop Vídeo Produtora| Sócia na Ordoo| Diretora de Negócios na Oitenta Café| Embaixadora do Capitalismo Consciente| Colunista no OCI| Board Member| Publicitária com Especialização em Comunicação Empresarial
Entrevista realizada por Diego Ferreira
Descubra mais sobre o trabalho da Juliane Maciel
O ambiente de mercado em Belo Horizonte é repleto de mulheres empreendedoras que movimentam um cenário de oportunidades na capital mineira! Tive um bate-papo muito produtivo com a Juliane Maciel, que faz parte do mercado mineiro e compartilhou com a gente mais detalhes da sua jornada profissional e atual no setor de comunicação e publicidade em Belo Horizonte. Confira!
Como começou seu interesse pelo setor de publicidade e comunicação? Compartilhe com a gente o início da sua jornada profissional
Costumo dizer que muita coisa na vida é vocação. A gente olha para nossa história e percebe uma repetição de ações e pensamentos. Não muito raro, encontramos profissionais da medicina que desde pequenos gostavam de cuidar de seus brinquedos. Comigo não foi diferente. Lembro-me que ainda criança gostava de assistir aos comerciais, decorar seus jingles. Muitas das minhas brincadeiras eram criar “produtos”, “vender" ideias… Quando chegou o momento de escolher a publicidade, ela ainda era algo muito novo, e eu não sabia que esse seria um caminho. Cheguei a passar em educação física e tentar ingressar na Escola Guignard, mas sou uma artista frustrada (risos). Enfim, quando conheci a grade da Comunicação, a ficha caiu. Entendi naquele momento que o que eu queria, e muito do que já fazia, era de fato, comunicar.
Fale mais sobre sua atuação na Loop Vídeo Produtora. Como a empresa atua em Belo Horizonte?
Logo ao sair da faculdade, eu sabia que o caminho da minha história seria com vídeos. Trabalhei em agência, emissora de TV, e logo logo conheci meu Sócio (e atual marido), que tinha o mesmo sonho: Produzir. Ele, a parte técnica, eu, a gestão e a comunicação. E assim, em meados de 2009, nasce a Loop Vídeo, que esse ano debuta em seu aniversário de 15 anos.
A produtora surgiu dentro de um gap do mercado. Logo após os anos 2000, com o crescimento de agências e produtoras de grande porte em BH, tínhamos um mercado também em crescimento. Lembro-me, quando ainda estava em agências, que os pequenos e médios clientes não conseguiam custear vídeos de publicidade, comerciais e institucionais porque o custo era altíssimo. Assim, com o nosso primeiro plano de negócios, a Loop nasce no intuito de ter um custo justo para atender pequenos e médios clientes em quaisquer segmentos de vídeo. Hoje, nosso recorte é corporativo. A publicidade fica em segundo plano e entram vídeos de ações institucionais, vídeos institucionais propriamente ditos e o braço que lançamos no último ano, o podcast, que atende empresas focadas em brand publishing.
Um ponto de destaque na sua carreira é sua atuação no Deliberado Podcast! Fale mais sobre o projeto e os desafios e conquistas de atuar em um podcast
Ah, aqui de fato é um grande passo. O Deliberado Podcast nasce com muito incentivo dos meus amigos e meu time, que me incentivaram a contar essas histórias incríveis do mundo corporativo e como ele afeta nossa vida pessoal. O intuito do podcast, como seu próprio nome diz, é deliberar. Trazer às claras, intencionalmente, assuntos que, para muitos, é complexo ou tem uma nomenclatura difícil. Explicar, instigar, comunicar. Tudo sobre qualquer área onde a comunicação é o foco. Depois de tanto deliberar para que esse projeto saísse do papel, ele saiu, e tem ganhado corpo e alcance, um pouco a cada dia. Sem muita pretensão de se tornar um sucesso de audiência, mas com muita pretensão de trazer luz, à partir de convidados do meu convívio, que têm muito a dizer e, cá pra nós, fazem isso muito bem!
Compartilha com a gente mais informações sobre sua atuação como Embaixadora do Capitalismo Consciente! Como começou seu interesse em impacto social e como enxerga esse ambiente em Belo Horizonte?
O capitalismo consciente, costumo dizer, encaixou como uma luva na minha história. Minha querida amiga Laura Torres, do "Gestores de Sonhos", me apresentou a temática num café e naquele momento eu entendi: Eu SOU o capitalismo consciente. Eu faço isso e acredito
nisso. O capitalismo consciente traz o propósito de acelerar a transformação cultural das empresas, ou seja, a gente acredita que capacitando lideranças conscientes, conseguimos mudanças positivas para o negócio, o que envolve os stakeholders, o propósito, a cultura e, claro, as próprias lideranças. Por fim, os pilares que carregamos, a gente acredita que não só promovem a prosperidade econômica, mas também contribuem para um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente. Tem tudo a ver com governança.
Vimos que você atua em diversos setores do mercado e também como Diretora de Negócios na Oitenta Café. Fale mais sobre a marca e sua presença na capital mineira.
A Oitenta Café é nossa jóia preciosa que alimenta nossa alma. A minha paixão por café aconteceu pouco antes da pandemia, quando fui apresentada ao Café Especial. Costumo exemplificar da seguinte forma em todas as nossas degustações: Sabe quando o Remy, ratinho do filme Ratatouille encontra o queijo com o morango no início do filme a acontece aquela explosão maravilhosa de sabores? Comigo foi assim!
O primeiro café que tomei na vida (acredite) foi especial e trazia um quê de especiarias que era “quase salgado”. A partir dele me tornei uma ávida consumidora de cafés, comprando, consumindo e comparando. Me deparei com um mercado em constante crescimento (o de cafés especiais) mas no qual encontrávamos ainda cafés que não se adequavam às normas que a régua dos cafés especiais pedia.
A partir daí, eu e meu sócio pensamos: vamos criar uma marca incrível, onde nossos clientes e consumidores tenham segurança e certeza que estarão consumindo café especial de verdade. Em seguida vieram pesquisas constantes sobre cafés rastreáveis, notas sensoriais, métodos e, por fim, e não menos importante, a busca pela embalagem. Um café tão especial não poderia estar em uma embalagem que não fosse um suporte incrível para essa pérola. Como minha formação de publicitária sempre vem à tona em toda a minha carreira e vida, o design precisava acompanhar mais essa empresa. E assim, nasce esse cafezão incrível, em microlotes, que entrega, a cada nova edição, um novo café, em uma nova embalagem incrivelmente única..
Aproveite para deixar um recado final para o público da Revista BH in Press que gosta de acompanhar o mercado da economia criativa em Belo Horizonte. Muito obrigado por participar desse bate papo.
Agradeço imensamente à revista BH in Press na figura do Diego Ferreira que, com toda sua gentileza e profissionalismo, conduziu esta entrevista de forma extraordinária. Acompanhem cada bate-papo por aqui, pois os profissionais são selecionados a dedo a partir dessa curadoria dedicada de Diego. O meu muito obrigada mais uma vez.
Conheça mais sobre o trabalho do Colunista Diego Ferreira